A consciência de que é preciso fazer algo contra o bullying é urgente. São muitos estudantes adoecidos por conta dessa atitude covarde. Violência que marca, que fere, que adoece, que frustra e faz fracassar, que traz consequências, muitas vezes, trágicas, que afetam as famílias, o sistema de saúde e a sociedade como um todo. Fazer que o outro seja motivo da minha piada não tem graça nenhuma. Mas não é somente a galhofa, o bullying se dá também por palavras, ofensas, espancamentos, ameaças, assédios de todo tipo etc., com o fim único de humilhar o outro, que é diferente. Sentir prazer quando o outro sofre é doença. Trata-se de perversidade, preconceito, ódio, intolerância, desrespeito… Atitude criminosa que não combina com o ato educativo, com o conhecimento, com a vida.
A escola precisa ser um ambiente de respeito, de tolerância e trabalhar a educação para a convivência deve ser um caminho. O(a) estudante machucado(a) precisa elaborar a sua dor; o(a) agressor(a) precisa responder por seus atos como também aprender sobre regras de convivência. A escola, juntamente com líderes de classe e plateia precisam dialogar e encontrar, através da arte, formas de combate. Finalmente, os pais, as mães precisam responder judicialmente pelas ações de filhos agressores, já que estes são menores. A sociedade precisa utilizar meios de comunicação para combater a prática de violência nas escolas.
Portanto, é preciso a escola se engajar numa campanha contra a violência em seus muros. Qualquer atitude vale:
Denunciar o agressor, buscar ajuda, criar grupos… Vale peça teatral, roda de conversa, desafios poéticos, musicais, Hip Hop, qualquer coisa que possa denunciar o mal. Só não vale ficar parado porque faz também da nossa natureza a aprendizagem do amor e da construção, a luta pelo direito sagrado do outro. Se não for assim, qual o sentido de estudar?
Josué Brito Santana, Psicólogo
04/24