Nesta nossa luta insana o que fica é o amor compartilhado.
Nem sei o que dizer, mas estou com o coração dilacerado.
Não deu tempo de o conhecer
E mais um jovem que se vai.
De quem é a culpa?
Se reparar bem tem uma cor envolvida e muitos dirão “Nós não temos culpa!”
E dormirão tranquilos neste dia que até o céu ficou triste.
Antes do sono, um pouco de diversão, um pouco de “soma” para não ter que sentir a indiferença.
“A culpa é dele que não agarrou as oportunidades!”
“Ah, mas isso aqui não é reformatório!”
A culpa é realmente dele que sofreu primeiro a rejeição, o descaso e se refugiou em muitas coisas e depois um tiro na cabeça.
Quem apertou o gatilho?
Continuo como Dom Quixote e minha esperança, embora manchada pelo luto, permanece viva.
Continuo por todos que se foram.
Mais uma pergunta:
Quanto vale o corpo do menino da periferia?
Josué Brito Santana – Psicólogo